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06/01/2010 0 Lembretes .
Capitulo IV





Aquela noite foi insuportável; não dormi quase nada, fiquei o tempo todo revirando na cama, as coisas parecia não querer sair da minha mente, e para piorar ruídos lá fora me deixavam mais adormentada ainda; parecia vozes e gritos ao mesmo tempo, talvez pudesse ser apenas uivos de cachorros. Apertei um pequeno botão que se encontrava no despertador que Matt havia me dado, e o relógio aumentava meu desespero 03h15min da manhã; alguma coisa estava acontecendo, cheguei para olhar a janela e nada do lado de fora, apenas flash que iluminavam o céu, mais aquilo lá era raios que significava que o outro dia ia ser pior e com chuva.

Com muito custo consegui dormi e o som clássico que tinha aquele despertador me fazia levantar com um humor mais leve que uma pena. Ouvi um estrondo muito grande que parecia vir de fora; corri rapidamente à janela, e era apenas um raio, eu sabia que ia chover muito hoje mas achei que tinha sonhado e que tudo tinha sido um pesadelo, aquele barulho me fez lembrar da noite que demorou a passar.
Lavei o rosto e desci a cozinha; quando cheguei lá com uma cara de sonsa e triste e olho para geladeira ele estava lá parado procurando alguma coisa.
- Bom dia meu amor.
- Matt...
- Sim.
- Como? O que aconteceu ontem?
- Ah sim, eu sabia que você ia perguntar isso; prefere ovos fritos ou mexidos?
- Mexidos, então?
- Nós conversamos, Claus chegou então tornou a conversa mais difícil; porém tudo está bem e Marco está de partida.
- Matt andei pensando; ele é seu irmão não pode fazer isso é sua única família, seu tio tinha que entender isso, sério pensa um pouco; perdoe ele, quem sabe ele mudou? Talvez vez aquilo para você perceber que ele estava ali, não deve ter sido por mal se não ele já teria feito algo. Ele está sozinho como você.
- Nan, você não entende é bem complicado; Marco já não tem sido o mesmo a tempos, ele causa dor...
- Então o ajude para que isso mude!
- Não posso Nan, não posso o perdoar.
- COMO? Não pode o perdoar? Matt que tipo de pessoa você é? Que tipo de monstro você é? Não pode perdoar o próprio irmão? Como me perdoaria por alguma coisa então?
- Isso é diferente Nan, eu te amo e você é minha namorada.
- E ele é seu irmão de sangue Matt e o que há de diferente nisso?
- Tudo, você é meu futuro.
- E ele é seu passado.
- Eu quero esquecer o passado entendeu?
- Eu quero saber do seu passado Sr Matt, se você quer ser meu futuro.
- NÃO, e essa conversa acabou aqui!
Sua voz soou rude, parecia que ele estava mesmo nervoso; novamente ele virou o rosto de mim elevando suas mãos para tampar. Eu sei peguei pesado não podia forçá-lo a nada e eu estava errada e arrependida.
- Matt, me perdoa; de coração me perdoa, não devo te forçar a nada!
- Nan não é culpa sua, Marco me tirou alguém que amava muito e ele também a amava; mais sua raiva nunca foi controlada.
- Entendo, e quando quiser conversar eu vou estar aqui.
- Sim, só me prometa que tomará cuidado.
- Prometo amor.
- Então seus ovos...
- A sim.
- Bom dia meninos e meninas; jurei ter escutado uma conversa meio informal lá do quarto, está tudo bem com vocês?
- A sim tia, vem tomar café.
- Ótimo, também senti o cheiro; onde vocês foram ontem?
- A casa de Matt, tia lá é maravilhoso você tem que conhecer é espetacular, seu estilo.
- É só convidar.
- Ah sim, estou resolvendo um problema com meu irmão, ele está de saída, logo eu a convidarei.
- Perfeito.
O café da manha foi rápido, apesar do que havia acontecido Matt estava reagindo muito bem e de forma mais protetora. Ele conversou bastante com tia Em sobre os ancestrais daqui o que era realmente assustador ele saber tudo de um lugar há tanto pouco tempo.
- Sua tia é ótima, queria poder ter conhecido sua mãe.
- É ela era melhor, a melhor de todas.
- Não vamos conversar sobre isso agora, o que vamos fazer hoje à tarde?
- Você que manda.
- Não quero que você deixe tudo em minhas mãos...
- Podemos ir à praia?
- Ir à praia? Que praia?
- Deixa para lá.
- Não se você quiser ir à praia vamos só que fica um pouco longe; mais acho que posso achar umas passagens de avião que eu tinha, acho que estão validas ainda...
- Avião? Matt eu estava brincando.
- Não vamos à praia agora, amanha é final de semana vai ser muito bom você sair daqui um pouco.
- Não estou acreditando.
- Sério. Deixa comigo eu arrumo tudo.
- Ok.
Eu não sabia o que falar sinceramente, eu falei brincando, e da próxima não iria falar nada; imagina só se eu falasse quero morrer e ele me matar?
O dia foi passando tranqüilo, comentei com Ban sobre ir a praia ela riu demais de mim; Ange parecia estar melhor comigo acho que ela estava dando bola pra outro menino só poderia ser e finalmente o intervalo para o almoço, eu sabia que Ange estava com outro; quando de repente um garoto lindo pegou sua mão, mais ele não era um garoto sua aparência já era mais velha cabelos negros e pele branca, a não!
- Marco!
- Sim?
- Matt, vai te matar.
- Nan, quem é você para falar com ele assim?
- Calma Angélica; essa é minha cunhada.
- Por favor Marco, vai para casa; aqui na escola não Matt não vai gostar muito, e ele falou que estava de viajem já...
- A sim, Matt; ele já está atrás de você.
- Ãhn?
- Marco, você não tem jeito, não é?
- Que isso irmãozinho, não vamos brigar aqui enfrente das pessoas, não é?
- Se isso ajudasse você ir embora.
- Não, não vai.
- Ei meninos e Nan, Vamos lá relaxem; vocês estão muito tensos e Matt eu só ia dar uma volta com Marco.
- COMO? Nan pede sua amiga para ser mais racional?
- Não Matt, não posso até saber o que se passa.
- Viu Matt ela não pode.
- NAN, me escuta, por favor.
- Desculpa.
- Gente sem dramas, eu tenho 19 anos, já sei onde eu posso ir então porque não me deixam escolher, e antes que falem; eu vou sim.
- Viu Matt, Nan não tem como mudar o pensamento das pessoas como...
- CALA a boca Marco ou eu te mato dessa vez.
- Não vai matar ninguém Matt e isso é uma ordem.
Aquilo era o pingo d’água para mim, virei as costas sem querer saber o depois; sei que aquilo era errado, mais eu ainda tinha uma esperança que Matt ia vir atrás, quando escutei...
- Nem ela te quer Matt, depois eu que sou o errado.
- Marco você vai arrepender-se de ter vivido até hoje.
- Quer saber, eu o quero sim; anda Matt vem!
- A dona mudou de idéia.
- Você tem sorte Marco, de tirá-lo daqui.
- Você que tem sorte de estar viva ainda Nanny.
Puxei a mão de Matt mais ele era como uma pedra, ou talvez mais pesado; eu queria tirá-lo dali queria ir para longe com ele, a praia agora era o melhor lugar sim.
Consegui o empurrar para meu carro, enquanto ele dirigia em alta velocidade para minha casa eu estava preocupada como ele voltaria, já que morava longe...
- Nan me perdoa, eu não vou conseguir; não dessa vez eu te amo muito e você é o pivô de estar aqui agora.
- Pode me explicar ou ainda vai ficar assim quieto?
- Nan é complicado.
- Eu posso entender se você quiser... Nunca é tarde, prefiro saber agora que depois.
- Marco é mal Nan, ele não pode controlar a compulsividade dele.
- Normal mais ele precisa de ajuda você não pode?
- Não Nan; cada hora que olho nos seus olhos lembro-me do monstro que ele é.
- Matt você está me assustando, ainda mais com essa historia de me matar... Você não é um... Quer dizer, sei lá os livros...
- Nan, não é essa a situação; Marco, ele matou meu pai dois anos depois minha mãe.
- O QUE? Como? Matou? – as palavras agora não queriam sair da minha boca, que tipo de pessoa mata os próprios pais; assim por nada dois anos depois mata a mãe, como Matt não matou ele ainda.
- Você deve ta se pergunt6ando porque eu não fiz nada, eu juro que tentei mais ele piorou as coisas.
- Matar ele Matt, você só vai igualar-se a ele!
- Nan ele não pode ficar vivo é um monstro, ele ficou com raiva de meu pai por proibir ele de sair para caçar na floresta de noite e a raiva foi tanta, que ele pegou uma faca e atirou em direção a ele; Marco sempre foi muito bom de mira.
- Ele vai te matar Matt, não, você não pode. E eu?
- Por isso não consegui brigar com ele ainda.
- E sua mãe?
- É mais complicado, por favor, não me faça falar.
- Tudo bem, outro dia...
- É Nan, quem sabe outro dia...
- Tenho que ir atrás dele, por favor, fica ai.
- Pode deixar; é... Quer meu carro?
- Posso?
- Claro.
Ele fechou a porta vagarosamente, e fiquei com o coração na mão; não sentia calor humano em uma pessoa daquela, como pode Matt um amor de pessoa e Marco um demônio, se é assim que posso o chamar. Eu não quero o mal a ninguém, não queria que Matt o mata-se, talvez se o entregassem para policia; mais não, acho que Matt devia amá-lo por isso não fazia isso e dois homicídios poderiam dar pena de morte ele deveria ficar quieto se quisesse ter o irmão.

As horas passaram mais rápido do que eu pensava, o relógio estava correndo e nada de noticias, quando a campainha tocou.
- Eu posso explicar juro.
- Marco, Matt está te procurando...
- Eu sei posso o esperar ai?
- NÃO.
- Matt, chegou rápido; ela estava me convidando para tomar café, não estava Nan.
- Não Nan, não o chame.
 - Por favor, Marco, é melhor ir conversar em outro lugar com o Matt aqui não.
- Droga Matt.
- Pois é acontece.
- Casa?
- Veremos, e Nan vai se despedindo do seu amor.
- Não Matt.
- Não preocupa Nan eu vou voltar, Marco vai ver quem volta.
Os dois se foram, até rápido demais um na frente o e outro atrás, não esperei para ver eles virando a esquina aqui no chão em choro; Matt agora era meu não seria justo eu perder tudo que amasse em pouco tempo, não eu o amo.
- Por favor, Deus onde estiver o ajude a resolver isso na forma mais calma.
Essas foram as ultimas palavras que disse antes de escutar aquela voz.
- Nan, pelo amor de Deus; responda-me, NAN!
Eu não queria abrir os olhos por não saber se estava sonhando ou se era realidade, mais eu me importava mais com o sonho; talvez aquela fosse uma memória fresca de Matt na minha cabeça.
- Nan, não faz isso comigo.
- Ãn, Matt – minha curiosidade foi maior, mais ainda não abrir os olhos falei em um tom baixo que ele me escutaria.
- Amor, eu estou aqui abra os olhos, por favor.
- MATT, você tá vivo? INTEIRO?
- Estou sim, eu tive uma conversa com ele; não vai mais incomodar.
- Matt, eu te amo não me deixe mais assim.
- Você dormiu aqui?
- Ãn? Onde estou?
- Na porta Nan, vem vou te levar para a varandinha.

Eu estava tão cansada que me lembro pouco das coisas, deitei-me na rede do lado de fora do meu quarto; ele deitou do meu lado, sou sorriso era resplandecente e então foi a ultima coisa que fiz até pegar no sono.






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