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03/01/2010 0 Lembretes .
Capitulo III





O despertador tocou, levantei-me rapidamente; eu odiava aquele despertador ele não só me acordava como acordava a vizinhança inteira.
Do lado de fora algumas gotas molhavam minha janela; é hoje seria um dia terrível. Eu odiava chuva mais do que tudo em minha vida, e sempre achei que ela foi feita para as pessoas dormirem e não para irem à escola, e aquele friozinho todo estava me deixando muito, muito cansada e desta vez desci as escadas bem devagar, devagar até demais.
- Ei tia.
- Nan, me conta tudo!
Uma qualidade boa e ruim de Em era querer saber de tudo ao mesmo tempo; ela era nova tinha apenas 26 anos, era a mais casula da família da minha mãe e sempre um xodó comigo.
- Você estava certa, todos estavam certos; mais ele é tão cavalheiro...
- Onde vocês foram ontem? Fiquei curiosa vi a picape dele lá fora resolvi que não iria te incomodar, mais você não demorou muito lá está tudo bem?
- Sim, sim claro; acho que eu devo te-lo assustado um pouco, mais ele foi super cordial comigo.
- Que bom meu anjo quero que esteja tudo bem com você e com Ad; falando nele...
- Como foi seu encontro ontem cinderela?
- Ad não vêm, hoje não!
- Tudo bem, mais acho que esse pijama não está apropriado para ir ver Matt na porta.
- Tudo bem Ad; eu não vou olhar muito para ela.
O som daquela voz me fez arrepiar dos primeiro fios de cabelo até o pé; como ele poderia entrar assim de mancinho? Será que ele pegou tia Em falando comigo? Meu Deus minha roupa não era o demais, mais sim minha cara.
- OI – foi à única coisa que consegui gritar.
- Calma, não vou pular em você; é só que queria fazer uma surpresa... Olha essas flores é para, agradar seu dia...
- Tulipas? Mais como? Quer dizer não têm muitas por essa região e essas cores são lindas... - eram amarelinhas, azuis claras e rosas bem clarinhas.
- Eu tenho algumas no porão lá em casa, é um lugar bem reflorestado que toda a cidade; vocês deveriam ir ver.
- Adoraríamos – disse tia Em em um tom suave.
- Matt, essa é tia Emilly; mais conhecida como Em, é engraçado mais todos aqui tem apelido é uma forma mais amável...
- A sim, mais fácil também de decorar. E Nan se não se importa estamos quase na hora, lembra? Café?
- Nossa hoje; meu horário atrapalhado me espere, já volto.
Ele fez um sinal de sim, e sai correndo pelas escadas em uma sugestão de acordar mais rápido; enquanto ouvia tia Em e Ad conversando com Matt, não fiquei muito preocupada, tinha certeza que ele estava em mãos boas e que nenhum deles iria começar a falar da minha vida terrível para ele e não de manhã.
- Pronto.
- Nossa você é rápida, sua tia estava comentando comigo que você...
- Vamos então? Estamos atrasados, e Ad você vai a pé.
- Ok, vamos.
- Tchau tia, mais tarde nos falamos.
Eu sabia que ela tinha contado alguma coisa sobre mim, mais preferiria não saber para não ter que me explicar ou ficar brava.
Pegamos a primeira lanchonete a vista, ela o Caffe’s house, um lugar bom e agradável aquela chuvinha e que graças a deus não tinha muitas pessoas lá dentro.
- Você não gosta muito da sua vida, não é?
- Oi? Como? Gosto claro, só procuro evitar algumas coisas como meu passado...
- A sim, eu também procuro fazer isso às vezes.
- Me conte um pouco mais sobre você Matt, seus pais... Mais você tem irmãos?
- Tenho mais nunca nos damos bem; meu tio não gosta muito dele e na verdade acho que ele nunca se deu bem com nenhum de nós da família ele só vem magoando quem amamos.
- Ah, sinto muito deve ser como Ad.
- Não, é mais complicado; um dia quem sabe te contarei.
- Tudo bem, eu entendo.
- Hoje tenho uma proposta para você, que tal irmos a floresta perto da minha casa? Podemos fazer um pique-nic lá.
- Não gosto muito de florestas Matt...
- Tudo bem eu te protejo, posso levar minha arma de bolinhas para lá!
- Não...
- Vamos, vai ser legal; juro que nada demais vai acontecer com você e se precisar vou matar até os pernilongos para se sentir segura.
- Até os pernilongos?
- Sim.
- Que horas?
- As cinco, para ver o sol se por no meio das arvores.
- SOL? Que sol Matt, está chovendo?
- Vai fazer sol você vai ver, tome seu café rápido ou o sinal também irá tocar sua atrasadinha.
É agora era a gota d’água, SOL? Ele assistia jornal só pode mais não acredito muito que o jornal tenha previsto isso, em uma golada só terminei aquele café que por sinal estava muito bom. O caminho para a escola foi normal, em silencio ouvindo apenas uma musica que tocava em seu mp3; era agradável parecia até paramore.
- Prontinho.
- É chegamos, todos estão ainda do lado de fora, e isso não é bom.
- Posso saber o porquê não?
- Eles vão comentar mais...
- Nan, esquece isso vem.
Quando o vi ele já estava a porta do meu lado abrindo para descer, delicadamente ele pegou minha mão e segurou com força; sabia que ele capturaria cada tremor meu aquela hora e isso não seria nem um pouco agradável.
- Se você tremer mais vai causar um terremoto e olhe para mim, sou tão feio e assustador assim?
- Não, não é isso; mais eu sou.
- Esquece isso.
Eu não consegui enxergar mais nada, daí para frente só minha memória funcionaria; a menina que estava do meu lado acho que era a Lanny me olhou com uma cara de quem é ela para estar do lado dele, outros meninos o encararão com vontade de matá-lo, e nessa parte eu realmente fiquei com medo dele causar alguma coisa amais naquele dia. Eu não era muito bonita bom não o suficiente para me agradar, era loira cabelos compridos e bem eu gostava muito dos meus olhos e tinha um corpo bom, não para miss, mais o suficiente para entrar em uma loja e achar uma calça bonita.
Entramos no saguão da escola e lá estava Ban ela me encarou como quem nunca errava, e Ange; ela fingia que nem me conhecia, me afastei um pouco de Matt para ir conversar com Ban, realmente as coisas não estavam muito boas; Ban me contou que Ange estava afim de Matt, e como eu poderia prever isso? Não é culpa minha se ele veio ficar comigo, ou era? Procurava pensar o mínimo possível nas coisas para não provocá-la mais.
O decorrer do dia foi inimaginável, as aulas foram tranqüilas e na educação física; ele sentou do meu lado enquanto eu lia Amanhecer.
- Acredita nessas coisas Nan?
- Não lógico que não; ouvi falar de meninas que estão se matando por Edward...
- Você se mataria por alguma coisa que não conhecesse?
- Depende muito da situação, ele é só um ator.
- Mais essas fãs não o vêem como um ator, e sim como um vampiro que tenta salvar Bella das coisas certo?
- Bella, é a errada de tudo; se ela quisesse mesmo virar vampira ela se matava com veneno, ou se jogava de qualquer lugar para se matar, ele a veria morrendo e a transformaria, simples assim!
- Então acredita?
- Não. É só uma historia.
- Então porque supôs tudo? E ficou nervosa com Bella?
- Oras... Ela é irritante.
- Não acho que Edward esteja certo também.
- Edward não fez nada.
- Justamente, acho que ele é um vampiro; não pode sair no sol e simplesmente brilhar, vampiros morrem ao se expor no sol e não seria só de morder uma pessoa que ela a transformaria, e esses dons que ele tem chega a ser insuportável.
- Como entende disso senhor especialista em vampiros?
- Não entendo, eu simplesmente leio mais historias antigas e não essas para agradar o publico juvenil.
- mais Edward ainda é Edward.
- E eu?
- Você é o mais lindo de todos Matt, eu agradeço por você ter aparecido na minha vida. Posso falar que te amo?
- Nan, eu também te amo; obrigada por fazer meu coração voltar a bater.
- Ele estava parado é?
- Sim.
- Posso ser medica então.
- Pode sua boba.
Aquilo foi muito bom, na verdade foi ótimo; nós quase nunca conversávamos a maioria das vezes era um silencio reconfortante, eu precisava desse silêncio, porém quando ele resolvia falar, era muito lindo ele sempre me fazia sentir bem. O dia foi passando rápido demais quando o sol realmente raiou, e sim eu iria ver o sol entre as arvores aquele fim de tarde.
- Nan, posso te pegar as cinco então?
- Pode sim Matt, vou estar te esperando.
- Ok, mais não durma, por favor; não quero me atrasar.
- Uhuhum.
Sai do carro bem de vagar, eu não tinha presa nenhuma para ver ele virando a esquina, cada minuto com ele valia muito e sim; eu iria dormi aquela tarde mais aquele pequeno despertador me acordaria antes mesmo dele chegar.

Quatro e meia...
Aquele despertador realmente me matava, mais eu não pegava meu celular para despertar também de preguiça porque poder eu podia. Pequei minha jaqueta com medo de fazer frio e minha camiseta vermelha, básica mesmo; vesti meu jeans e fiquei esperando, foi só questão de sentar na cama que a campainha tocou.
- Pronto?
- Prontinho, falei que não ia dormi?
- Eu acho que dormiu sim em...
- Tá tudo bem, mais acordei cedo.
- Ok meu amor, não se preocupe; vai ter mais tempo para descansar lá, e a propósito... Um despertador novo para você.
- AN? Eu não comentei que o meu estava ruim.
- Não mais eu escutei hoje de manhã, então tomei a liberdade de comprar um novo, acho que vai gostar.
- Posso abrir depois?
- Claro como quiser.
Entramos na caminhonete, eu não sabia ao certo onde íamos, mais sabia q iria ser bom; a final da ultima vez não foi tão mal quanto imaginava e estava super curiosa para saber o que ele tinha arrumado.
Entramos em uma mata bem fechada, um pouco distante da cidade, o suficiente para se eu gritasse ninguém me escutaria. O medo foi invadindo meus pensamentos e memórias me corroíam, tentei o máximo disfarçar mais não estava colaborando até que vi uma casinha aos fundos; não era uma casinha, era um casarão o maior que eu já tinha visto igual de novela, aposto que do terraço dava para ver a cidade inteira.
- É sua? – as palavras custaram a sair da minha boca.
- Na verdade é da família, meu tio mora aqui; mais não se preocupe ele saiu hoje.
- É...
- Não se preocupe, não vou fazer nada com você; vamos só jantar a luzes de velas e no terraço.
- Lá deve ter uma vista maravilhosa.
- Você já, já vai ver.
Ele estacionou o carro na frente; era um gramado maravilhoso que se encontrava naquele lugar e quando ele comentou sobre as flores não duvido nada que tinha um jardim em baixo da casa dele. Minha tia iria adorar aquele lugar, mais que pessoa não iria adorar?
Entramos no Hall, que lugar maravilhoso; era quadros para todos os lados, um sofá gigantesco, uma televisão do tamanho da tela do cinema da cidade, o cheiro de madeira velha molhada invadia aquele lugar dando vida.
- Então vamos para o terraço, para ver o sol...
- Claro.
Ao chegar lá, a cena era indescritível; ele começou a arrumar as coisas, e começamos a lanchar e conversar sobre nossa vida e como iríamos escapar daquele mundo todo.
- Antártida, o que acha?
- Ótimo Matt, mais frio demais.
- Austrália?
- Não muitos cangurus...
- Veneza?
- Muito clássico...
- Bolívia, - uma voz rouca mais tão linda quanto a de Matt atrás soou – o casal deveria conhecer aquele lugar.
Eu não deveria ter me virado para ver, não se soubesse a cara que Matt ia fazer, aqueles olhos verdes oliva me encararão com uma cara de que eu era a primeira refeição de tão doce e prazeroso.
- Marco.
- Mattheus.
- Você...
- Ah que isso larga de sentimentalismo, e a propósito quem é a menina? Sua próxima refeição? A sim, não era para assustá-la, mas relaxa benzinho, não vai sentir nada eu juro que não vai nem se lembrar, não terá pistas.
- NÃO Marco, ela não é.
- Com licença, mais do que vocês dois estão falando? E quem é você?
- Que coisa feia Matt, não anda falando de mim para os outros? O cheiro dela é conhecível... Já nos vimos por ai criança?
- Não, eu não sei nem quem é você.
- Desculpe o Marco, a falta de educação dele; isso não estava nos planos.
- Eu sou o irmão mais velho dessa criatura.
- A sim, ele me falou de você; e falou que não é bem aceito aqui.
- Que isso Matt, não falou isso para ela, não é? Ainda com remorso? A culpa não foi minha, foi sua e você bem sabe disso.
- Do que vocês dois estão falando? É melhor eu ir indo.
- É melhor mesmo Nan, temos que conversar sério sobre isso; e é melhor você não ver.
- A fala sério Matt, anda usando as pessoas agora? Brincando com alimento?
- COMO? O que ele quis dizer Matt?
- Ele só é um pouco doido, não falei para você ele estava internado em um sanatório.
- Ok. Leva ela para casa e conversaremos irmãozinho.
Em um flash de luz pensei o verele sumindo pelas escadas a fora, eu estava ficando doida também?
- Matt me explica o que ele quer? O que é aquilo que ele falou com você? Me comer, refeição, brincando com alimento?
- Ele é doido, ele só pensa em mulheres como objeto sexual; não pensa besteira.
- Certo, mais como ele sumiu...
- Aquilo foi um surto de adrenalina; você tava estressada com aquela conversa foi só isso, ele corre bem também quando sabe que alguma coisa vai acontecer.
- Tudo bem. Eu confio em você Matt, por favor, não faça nada com ele, nada que se arrependa; ele acima de tudo é seu irmão.
- Ele já me tirou a paciência Nan, eu tenho que tomar medidas drásticas, não se preocupe ele vai embora.
- Não faça nada que se arrependa.
- Pode deixar, te encontro amanha na escola, não é? Posso passar aqui antes para te levar?
- Claro, e claro que pode.
- Ok, durma bem meu anjo; não se preocupe eu estarei com você e não abra a porta para ninguém viu.
- Sim, sim amor.
- Boa noite.
Eu concordei, virando as costas e sem saber o que se passava; alguma coisa me dizia que algo de ruim ia acontecer. E se o irmão dele fosse um maníaco que de repente quis aparecer?
Isso não seria possível, e realmente eu agora estava perdendo o sentido das coisas; quando me troquei e fui dormir pensando na melhor das hipóteses.

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